![Produktbild: Poiética [Cadernos]](https://images.thalia.media/-/BF750-750/39491b1063164bc89e7031e40954f174/poietica-cadernos-epub-paul-valery.jpeg)
Beschreibung
Details
Format
ePUB
Kopierschutz
Ja
Family Sharing
Ja
Text-to-Speech
Ja
Erscheinungsdatum
07.02.2025
Verlag
IluminurasSeitenzahl
232 (Printausgabe)
Dateigröße
5935 KB
Auflage
1
Übersetzt von
Roberto Zular
Sprache
Portugiesisch
EAN
9786555191707
Conta-se que Paul Valéry acordava diariamente às 5 horas da manhã e se colocava a escrever, em pé. Durante mais de 50 anos (entre 1894 a 1945), o poeta madrugador preencheu 27 mil páginas de cerca de 260 cadernos, registrando reflexões sobre temas os mais variados, até mesmo das ciências ditas "duras", entrecruzando formulações lapidares com anotações laterais, desenhos, gráficos, indicações textuais diversas. O volume e a complexidade desse material explicam a bem conhecida dificuldade de edição dos Cadernos, que apenas na década de 1970 ganhou uma versão não especializada (em certo sentido, simplificada), na prestigiada coleção Pléiade, da Gallimard. O lembrete é importante pois ajuda a perceber quão precioso é o presente trabalho de "tradução" da seção temática "Poiética" dos cadernos de Paul Valéry. Retomando o texto base da Pléiade, Roberto Zular e Fábio Roberto Lucas "corrigem" exclusões e decisões editoriais pouco sustentáveis, valorizando justamente as virtualidades de sentido dos Cadernos. Ao invés de "limpar" as supostas impurezas, optaram, ao contrário, por um procedimento "genético" que busca respeitar as relações de sentido inscritas em cada página, com o auxílio de diferentes edições e do fac-símile dos originais. Resulta disso uma "edição aumentada", que nada mais é do que um trabalho inédito de edição de parte dos cadernos de Valéry, com "afinamento" filológico talvez mais convincente aos ouvidos atuais. É ao leitor de hoje, mais familiarizado com a ideia de inacabamento, mais sensível ao aspecto visual do texto, mais aberto à "hesitação" do pensamento, que se dirige a edição brasileira da Poiética de Valéry. Ao evidenciar outra leitura (não exatamente romântica) da estética do fragmento, os organizadores também nos mostram que há muito a ser redescoberto nesse autor cuja fama de "formalista" promoveu, mas também limitou, ao longo do tempo, o interesse por sua extensa e variada produção. O excelente posfácio que fecha o trabalho reúne elementos dessa historicidade, abordando não apenas o pensador da complexa reversibilidade entre forma e fundo, mas igualmente o intelectual atento a dilemas institucionais que abalaram a Europa no período que compreende as duas guerras mundiais.
Marcos Sisca
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